nação de nibelungos
Aqui e alhures,
gesta-se burgos de nibelungos.
Emoções coaguladas envelhecem por dentro,
à luz dos escombros cotidianos.
A força imaterial das escaramuças dispersa
o povo exangue.
O ermo aspira e sacia-se da lucidez que aniquila.
Refestelamo-nos, cansados de recriar as estórias
sob o mesmo alvitre.
O alento que infunde o gemido da linguagem
presume a dor e a cria.
O surdo clamor da justiça mantém-se em rancoroso
desdém, enquanto o galope louco dos dias
urde as mesmas máscaras e presságios.
Herdamos o futuro que se esgarça
iluminado de sombras.
Não há esperança para uma nação de nibelungos.