quarta-feira, 14 de setembro de 2016



              as infinitas maneiras de amar




Nunca damos o suficiente.
Nunca fazemos o bastante.
Nunca amamos satisfatoriamente.
Sempre queremos mais,
sempre esperamos mais.
Sempre exigimos mais e mais,
como se houvessem obrigações
estipuladas para o que se dá,
para o que se faz,
como e quanto amar.

Ora, cada um dá e faz o que pode.
Ama como sabe.
Não há regras, pré-requisitos que enquadrem 
os sentimentos.
Que dimensionem os laços afetivos.
Há os mais desprendidos, generosos,
que não medem esforços para corresponder 
as expectativas sempre elevadas dos entes queridos.
Há os mais contidos, circunspectos, que não conseguem 
expressar o que sentem, 
mas que nem por isso amam e se doam menos.
E há os mesquinhos, os egoístas, os hipócritas 
e manipuladores.
Tipos que se esmeram na arte de fingir.
Fingem tanto que a exemplo do poeta, fingem não sentir 
as dores que deverasmente sentem.

Há infinitas maneiras de amar.
Nenhuma satisfaz.





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