O PATO
O pato desliza, à deriva,
nas águas poluídas do lago.
As carpas roçam suas plumas;
ele, imponente,
me espreita com seu olhar.
Sossegado, surge,
quieto,
com muito tato,
esse bicho bonito, o pato.
Mas, cuidado,
descuidado : logo ali,
no aguapé,
vejo, sinistro,
o jacaré !
Curitiba, meados de 1970, num banco do Passeio Público.
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