sexta-feira, 28 de julho de 2017



                       
                    A BARRA DA VIDA






O que de pior pode acontecer a uma pessoa ? Perder o amor de sua vida ? Perder um ente querido, a família ? Perder a saúde ? As posses materiais ? Sei lá. São tantas as variáveis que evitamos até pensar e especular a respeito.
O fato é que estamos sujeitos e vulneráveis a tantos infortúnios que ao invés das lamentações de praxe, deveríamos ser gratos por esses dias que tendemos a achar tediosos e banais. No fundo, verdadeiras dádivas, pelo simples fato de não termos sofrido nenhuma dessas perdas irreparáveis.
Eis, pois, a grande e intrincada equação que muitas vezes passamos a vida sem conseguir equacionar : saber valorizar as coisas mais simples e corriqueiras. É claro que não há nada de errado em desejar e se empenhar para usufruir de uma vida opulenta e glamorosa, bem ao contrário, não fosse a ambição e a humanidade talvez ainda estivesse na idade da pedra.
O problema é divisar e se amoldar as situações que se apresentam, de modo a extrair o que a vida tem de melhor. O que independe de valores e bem materiais, pois se assim fosse, apenas os abastados, belos e famosos seriam felizes, e não é isso que se vê. Aliás, o que não faltam são casos e exemplos dos malefícios causados pela dependência dos padrões comportamentais e materiais impostos pelo modernismo.
A mensagem é óbvia : dinheiro e beleza são muito apreciados e bem-vindos, mas não são tudo. Na verdade, podem até atrapalhar se não forem adequadamente administrados, encarados como complemento e uma espécie de cortesia dos deuses, do destino, e que por isso mesmo, podem cessar a qualquer momento. 
Já os valores interiores são perenes e irremovíveis, e os únicos que nos permitem enfrentar a barra da vida sem desmoronar. 




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