CRESCEU, PERDEU
O homem não é o que aparenta.
Só uma criança é o que aparenta.
O homem é um fingidor nato, dissimulado e ingrato.
É o avesso de si mesmo, lobo em pele de cordeiro.
Prisioneiro de idiossincrasias insuspeitas e inconfessáveis.
Aquele sujeito, quem diria, aparentemente tão gente boa,
e no entanto, um energúmeno, um vigarista, um facínora...
Quem, afinal, o homem ?
O que melhor o define ?
Ao mesmo tempo altruísta e embusteiro,
vítima e algoz.
Lúdico e lúbrico.
Mecenas e trapaceiro.
Ou nenhuma coisa nem outra.
Na superfície uma coisa,
no íntimo, libertino, pedófilo, psicopata...
Ser tantas coisas e nenhuma,
viver escondendo a verdadeira face,
és um homem ou um camaleão ?
E para quê ? Por que ?
Para não ser julgado, não ser crucificado
num mundo feito de convenções.
De regras, mordaças, camisas de força.
O mundo é um teatro, em que todos fingem
ser o que não são.
Querem ser o que não são.
Fazem qualquer coisa para chamar a atenção.
Capricham na indumentária, mutilam o corpo.
Nenhum homem é o que parece ser.
Ninguém tem o direito de julgar ninguém.
Querem ser o que não são.
Fazem qualquer coisa para chamar a atenção.
Capricham na indumentária, mutilam o corpo.
Nenhum homem é o que parece ser.
Ninguém tem o direito de julgar ninguém.
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