Amor que é amor tem que ser meio doido.
Doído como unha encravada.
Ardido feito pimenta malagueta.
Tem que ser osso duro de roer.
Incomodar como dor de dente.
Dar raiva, vontade de bater.
Porque amor que é amor
não comporta indiferença.
Não se acomoda, não dorme de touca.
Briga pelo que lhe pertence.
Briga pelo que lhe pertence.
Não deixa barato.
Não dá sopa para o azar.
Pois confiança tem limite.
E quem ama cuida.
Não dá sopa para o azar.
Pois confiança tem limite.
E quem ama cuida.
Não deixa o barco adernar.
E se deixou, é porque não era amor.
Pode até um dia ter sido,
mas se deixou murchar, já era.
Como uma flor que esquecemos de regar.
Pode até um dia ter sido,
mas se deixou murchar, já era.
Como uma flor que esquecemos de regar.
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