terça-feira, 7 de agosto de 2018

                  

FAKE DE MIM MESMO 


Jamais terei a vivência que outros tiveram
Nunca o estofo, a dignidade, 
a grandeza de tantos que fizeram história
Ou de outros que cruzaram meu caminho anonimamente
Nessa vida que escolhi, que me foi dada
Da qual não sei nada de nada
Já sem maiores expectativas
Mas ainda relutando em aceitar as coisas como são
Na tola presunção de algum dia 
possa ser mais do que sou, saber mais do que sei
Do pouco que sei
Para não ficar à margem das coisas
Não me ater as coisas comezinhas da vida
Eis a luta que ainda me impele e motiva
A sair da inércia, alçar novos voos

Aceito as dificuldades da vida sem o altruísmo 
e a generosidade dos limpos de espírito, 
que segundo as profecias,
herdarão o reino dos céus
Assim como jamais serei como aqueles 
que todos olham com respeito e devoção
Que inspiram milhões
Arrebatam multidões
Charlatões de toda espécie
Que se locupletam às custas da boa fé alheia

Não sou nem nunca serei o que não sou
Não sou lobo em pele de cordeiro
Aquele que foi sem nunca ter sido
Pois sempre fui o mesmo
Fake de mim mesmo 
Não serei nunca o que querem que eu seja
O que veem não sou eu
É apenas uma casca, um invólucro qualquer
Para alguns, alguém que não sabe o que quer da vida
Para mim, alguém que simplesmente almeja 
Uma vida menos miserável.














  

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