sábado, 6 de julho de 2019


                             jogar o jogo 






Nada mais fácil do que atribuir 
Defeitos às pessoas.
Apontar o dedo, julgar, condenar,
Como se também não tivéssemos 
Culpa no cartório. Coisas à esconder.

Claro, mais cômodo é transferir culpas,
Responsabilidades, posar de vítima, 
Fingir, dissimular, 
Jogar o jogo.
O jogo dos espertos, dos malandros,
Usurpadores, 
Como sempre foi, como sempre será.

Será essa a natureza humana ?
Vocação para o delito, a sacanagem ?
A mentira e a dissimulação à permear as relações ?
Tudo indica que sim.
Segredos e insatisfações sublimados por conveniência, interesses, auto-enganos.
Mas que um dia vêm à tona.

Pois não há farsa que para sempre dure.
E se durar, é porque ambos (se) merecem.










  











  












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