sexta-feira, 6 de setembro de 2019
nem Deus nos salva
Pindorama jaz, doente.
Estrebucha, quase inerte.
Seis séculos de usurpação e devastação ininterrupta.
O cenário desolador se alastra.
Florestas ardem.
Garimpos, barragens, mineradoras,
áreas continentais
desmatadas para pastagens, plantio.
O mundo precisa de matéria-prima, comida.
Como conciliar, o eterno dilema.
De veias abertas, a pátria mãe gentil sangra.
A degradação aumenta, mas as autoridades ignoram.
Fotos de satélites mostram, mas as autoridades ignoram.
A fuligem se espalha por milhares de quilômetros,
mas as autoridades ignoram.
Todos os dias, milhares de hectares viram cinzas.
Queimadas propositais, por interesses contrariados,
infâmia, insânia total.
A comunidade internacional protesta, ameaça,
hipocritamente de olho em nossas riquezas.
O corrompido sistema nega o óbvio.
O planeta cada vez mais hostil.
Só os ignaros ignoram.
Nem Deus nos salva.
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