quarta-feira, 11 de setembro de 2019




                                                Do nada, por nada







Há várias formas de gostar. 
De sentir. 
De apego.
Há formas e formas de amar.
Dentro do universo de cada um.
De como cada um reage.
Pensa, interage. 

Há quem faça tudo por amor.
Há quem não retribua.
Há os que se doam, os reclusos.
De coração frio, embrutecido, egoísta. 
Cada um ama de um jeito.
Não adianta cobrar.
Cada um dá o que têm.

Mesmo um filho pode te voltar às costas.
Do nada. Por nada. 
Amor imaturo, volúvel.
Um dia se dá conta do que perdeu,
do que sacrificou de bobeira.
Aí pode ser tarde. O estrago está feito,
Perdoa-se, 
mas as coisas nunca mais serão as mesmas.

Há várias formas de apego.
Todas sujeitas à desapego.
Às vezes do nada, por nada.
Simplesmente se desgosta.
Quando se perde o interesse.
O encanto.
Quando outros interesses falam mais alto.
Não esperar nada de ninguém é o ideal,
mas quem ama espera ser amado,
reciprocidade,
como fazer ?

O bom professor sabe que há questões
para as quais não há respostas.
Esta é uma delas.










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