a droga da vida
Nada é tão grande que não possa perder sua essência
ao contato furioso da existência.
Entre o começo e o fim, só o que fica é aquilo que, revelado,
não pode mais ser mudado.
Nem fazer mal.
Mas cabe ao acaso a palavra final.
Quer vivamos ou não, há os que sofrem, e há os que pensam que sofrem,
alheios ao real significado da dor.
Mal sabem o quão privilegiados são
às vezes pelo simples fato de sobreviver,
em meio a tantos que tombam. Do nada, sem critério,
apenas porque chegou a hora.
Por que desaprendemos ao aprender ?
Talvez porque aquilo que nos dá prazer
muda com a gente.
Faz a gente mudar.
Geralmente para pior.
E quando já nada nos satisfaz, a droga da vida literalmente
nos consome.
À míngua de tudo que se quis.
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