a mãe de todas as dores
De repente, o luto.
O luto que a tudo transcende.
Às tolas prevenções.
Às escolhas equivocadas.
Aos mal-entendidos.
Aos rancores, os passos erradios.
Luto que tripudia do orgulho besta.
Que reduz tudo à cinzas.
O luto é o soco no estômago.
O despertar tardio.
O vazio diante do despenhadeiro.
É o mundo do avesso.
É o avesso do avesso.
O exílio forçado.
É o medo que enclausura
a banda podre do tempo.
O luto é a mãe de todas as dores.
Luto por um filho, pelos pais, pelo país
permanentemente enlutado.
Luto por aqueles que nunca mais veremos.
Pelo que nunca mais teremos.
O que pode ser mais terrível ?
Saber que nada será como antes.
Luto, luta que nunca acaba.
Luta para esquecer, para superar, seguir em frente.
Para quê ?
Descubra você !
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