segunda-feira, 29 de novembro de 2021



                                                 a mãe de todas as dores





De repente, o luto.

O luto que a tudo transcende.

Às tolas prevenções.

Às escolhas equivocadas.

Aos mal-entendidos.

Aos rancores, os passos erradios.

Luto que tripudia do orgulho besta.

Que reduz tudo à cinzas.


O luto é o soco no estômago.

O despertar tardio.

O vazio diante do despenhadeiro.

É o mundo do avesso.

É o avesso do avesso.

O exílio forçado.

É o medo que enclausura

a banda podre do tempo.


O luto é a mãe de todas as dores.

Luto por um filho, pelos pais, pelo país

permanentemente enlutado. 

Luto por aqueles que nunca mais veremos.

Pelo que nunca mais teremos.

O que pode ser mais terrível ?

Saber que nada será como antes.


Luto, luta que nunca acaba.

Luta para esquecer, para superar, seguir em frente.

Para quê ?

Descubra você !













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