ébrios das próprias fantasias
Do alto de mim mesmo
diviso o mundo que me ignora,
sob o surdo torvelinho de apelos que o jugo
do tempo inflama e abranda.
A memória volve ao labor já extinto.
Amor e penitência costuram a teia
em que os incautos
experimentam a lenta agonia
de morrer em vida.
As catarses das complexidades irrompem em furiosa dança
que beira a insanidade.
Ecos da pós-modernidade : a neve mais alva
e o breu mais impenetrável agonizam em chamas
que não incendeiam.
Apelos inúteis, ébrios das próprias fantasias, vêm-nos roubar
o sono e a paz com seus delírios.
Supondo que a vontade de Deus é soberana, oramos
sob o ensurdecedor coro dos pusilânimes.
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