domingo, 26 de junho de 2022


                          salto sem paraquedas




                                    

Ah, "o terrible frisson des amours" (Rimbaud).

Auge dos sentidos,  salto sem paraquedas, medida 

perfeita e reinventada de prazer.

Força avassaladora sob um céu de tempestades e bonanças.

Que todas as formas de querer engloba.

Não obstante a realidade espinhosa, andar sempre em brasas,

inocente e maldito, 

sobrevive em meio a guerras surdas, aberto a todas possibilidades.

Em lassidão se desintegrando.

No sexo mecânico se decompondo.

Com a memória se digladiando.

Onde os grandes momentos ? Onde o frisson, a magia ?

Tudo tem um prazo, requer condições.

O amor não é exceção. 

Dura enquanto o coração fala mais alto que a razão.





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