salto sem paraquedas
Ah, "o terrible frisson des amours" (Rimbaud).
Auge dos sentidos, salto sem paraquedas, medida
perfeita e reinventada de prazer.
Força avassaladora sob um céu de tempestades e bonanças.
Que todas as formas de querer engloba.
Não obstante a realidade espinhosa, andar sempre em brasas,
inocente e maldito,
sobrevive em meio a guerras surdas, aberto a todas possibilidades.
Em lassidão se desintegrando.
No sexo mecânico se decompondo.
Com a memória se digladiando.
Onde os grandes momentos ? Onde o frisson, a magia ?
Tudo tem um prazo, requer condições.
O amor não é exceção.
Dura enquanto o coração fala mais alto que a razão.
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