esquecido da vida,
me inventei de ser feliz
Pregustar a manhã, o leve e macio toque do sol.
Que faz arrebol, desova passarinhos,
brinca com o vento.
Ah, o florescer do dia, regado por restos de orvalho,
pétalas noturnas,
a pensar as cicatrizes de batalhas perdidas.
Esquecido da vida, me inventei de ser feliz,
ainda que por instantes.
Bom seria ser o musgo dessas pedras,
"comunicando-se apenas por infusão, por aderências,
por incrustrações", como no poeminha pescado
nas pré-coisas de Manuel de Barros.
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