sexta-feira, 16 de setembro de 2022



           breve canto 

           do amor 

           não compartilhado





Tudo é solidão. Silenciosamente, buscamos correspondência

em fortuitas e aventureiras conquistas. 

Distraídos com os privilégios casuais da busca.

Dispersos pelos indecifráveis labirintos do tempo.

Tecendo e destecendo máscaras, agonias, alvoradas.

No breve canto, que não teme a dor, sequer a morte,

o duradouro e o desvalido se entretecem. 

Em meio a perdida gente, dias sem data ignoram o repouso.

Versados em causas inúteis, plantamos platitudes

que alguns transformam em ouro, singraduras, servidão.

A servidão que é metáfora e trama.

Nos sonhos que se desfazem em outros sonhos.

Em que o ontem e o hoje são iguais.

Solitários, como o amor não compartilhado.



 


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