breve canto
do amor
não compartilhado
Tudo é solidão. Silenciosamente, buscamos correspondência
em fortuitas e aventureiras conquistas.
Distraídos com os privilégios casuais da busca.
Dispersos pelos indecifráveis labirintos do tempo.
Tecendo e destecendo máscaras, agonias, alvoradas.
No breve canto, que não teme a dor, sequer a morte,
o duradouro e o desvalido se entretecem.
Em meio a perdida gente, dias sem data ignoram o repouso.
Versados em causas inúteis, plantamos platitudes
que alguns transformam em ouro, singraduras, servidão.
A servidão que é metáfora e trama.
Nos sonhos que se desfazem em outros sonhos.
Em que o ontem e o hoje são iguais.
Solitários, como o amor não compartilhado.
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