para o bom entendedor
Ah, os leitores, fãs de poesia.
Tão solertes e perspicazes.
Confundem maçã do rosto com a fruta.
Incapazes de enxergar
nada além da realidade preexistente.
Se atém a denotação em detrimento
da conotação.
Justamente a essência da poesia.
A atemporalidade, a metalinguagem.
"Não apenas conjugar os versos
mas fazê-los sangrar", como nos diz
Álvaro Pacheco.
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