quarta-feira, 21 de setembro de 2022


                guardador de memórias 

               





Algo sempre nos falta. Pouco é muito, muito é pouco.

Meus pensamentos levo-os à cortejos de triunfos

à prova de fábulas.

Defendo o meu lado, porém o vício de viver 

é danado de bom.

O coração com fundo falso é fértil em expedientes.

Não é culpa minha não ser levado a sério. Ou a sério demais.

Guardador de memórias para as horas difíceis, obedeço 

à distração que queima o fogo, extinta a vontade de ser

mais do que posso.

Meu mundo inundado de sonhos desfeitos anula as virtudes,

você sabe, ninguém é confiável.

A verdade sai pelo ladrão. Sem ser cético nem dogmático,

a cabeça funde : Maniqueu, cuida dos meus. 

Cada um merece o que não tem.

Quanto mais, pior. Quem supre, os desejos defenestra.

A percepção é a argamassa que engendra

as hipóteses. 

Nada justifica abolir o juízo. Senso e contrasenso 

anexam-se e se opõem. 

Há que encontrar um lugar adequado para o ausente.

Porque no fundo, tudo consiste em minorar 

o sofrimento.




 

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