cansei de estragar tudo
Eu e essa maldita mania de estragar tudo.
Nada que faço dá certo.
Meu passado me condena, já viram esse filme ? Ou terá
sido uma novela mexicana ?
Alma de polichinelo, zonzo da vida, cansei de tudo.
De enganar e ser enganado.
Despreparado para o entendimento, deponho os equívocos.
Desconfio de eloquentes manifestações de apreço.
Constato que não esclareço nem convenço.
O oposto de mim quem seria ? O alvo ou o arqueiro ?
A carapuça sabe a quem se destina.
Minha mente invadida de elipses, simetrias, desavergonha
as tripas.
Num ditoso dia, o terror girou a manopla
dos signos adversos,
de tanga, de canga,
e o memorial de maravilhas repeliu o espetáculo.
Sigo em frente mas já vou avisando : partes pudentas,
partes in partibus.
Não vi tudo mas é fácil deduzir.
Grandes mistérios, grandes ignorâncias.
Isto e aquilo não se resolvem, no máximo se toleram.
De tanto tropeçar em equívocos, aprendi a me foder
sem reclamar. Lamúrias, só in extremis.
Não era para ter sido assim, mas foi.
O peripatético produzindo mudas, galhos periféricos.
Menos mal.
Breve o conflito acaba.
Até lá, bato continência para o acaso.
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