o desejo do novo
A vida latejante da modernidade me assusta, mas não
me desagrada.
As pessoas, de si mesmo desabitadas, ensinam novos roteiros.
A felicidade deixa de ser um imperativo, contento-me
em compartilhar as mentiras que nos ensinam.
Detrás do inútil gesto de amizade e do amor convertido
em moeda de troca, permanece em mim
o desejo do novo.
Sem outro compromisso que não seja o de ser melhor
do que fui.
Para que ninguém, nem mesmo um cão,
estranhe o que me tornei.
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