esculpindo pedras
Reveses lilases demandam neuroses.
Arquétipos retrógrados comem dobrado.
Dúvidas me deliram sangrando.
Exalo-me e fico santo.
Dir-se-ia que qualquer coisa enfastiada de todo querer
é debalde.
O coração pacificado regado a conflitos.
Tanto esforço à procura de apalpar-me.
Não sou o que sinto.
Complexos cartesianos atravessados na garganta
cheiram a mato e sovaco.
Quimeras abraçam vastíssimos desígnios.
Lido, ledo e leso, errando é que se arrepende.
Ninguém me disse mas eu sei que partir do pressuposto
embaralha as ideias.
Tudo meio que se baldeia para o anacoluto.
Um nimbo vale mais que qualquer pensamento profundo.
Tão claro que custo a enxergar.
Bom senso requer comedimento.
O colapso agasalha verdades interditas.
Nenhum artifício se sustenta além do tempo alcagueta.
Qualquer dia desses o suplício acaba.
Até lá o rio continuará esculpindo pedras.
Não desisto, mas também não insisto.
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