domingo, 29 de janeiro de 2023



                     esculpindo pedras





Reveses lilases demandam neuroses.

Arquétipos retrógrados comem miojo.

Dúvidas me deliram sangrando.

Exalo-me e fico santo.

Dir-se-ia que qualquer coisa é debalde, enfastiada de todo querer.

O coração pacificado regado a conflitos.

Tanto esforço à procura de apalpar-me. 

Não sou o que sinto.

Complexos cartesianos atravessados na garganta

cheiram a mato e sovaco.

Quimeras abraçam vastíssimos desígnios.

Lido, ledo e leso, errando é que se aprende.

Ninguém me disse mas eu sei que partir do pressuposto

embaralha as ideias. 

Tudo meio que se baldeia para o anacoluto.

Um nimbo vale mais que qualquer pensamento profundo.

Tão claro que custo a enxergar.

Bom senso requer comedimento.

O colapso agasalha verdades interditas.

Nenhum artifício se sustenta além do tempo alcagueta.

Qualquer dia desses o suplício acaba.

Até lá o rio continuará esculpindo pedras.

Não desisto, mas também não insisto.








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