vai de ter sorte ou não
Quando o acaso entra em ação,
não há nada que se possa fazer.
Vai de ter sorte ou não.
Fazer as coisas certas nem sempre basta.
Muito menos o certo por linhas tortas.
O destino, se é que exista, se abstém de reconhecer
o mérito do justo, hospeda sonhos
e pesadelos que o monstro do tempo devora.
Ah, o dadivoso acaso. Alimento do heroico, da falsidade,
da derrota.
Que acolhe a esperança e o medo.
Cifra de diáspora e enigmas.
Que devora o mundo sem ira nem repouso.
"Seu leito é a vigília e seu pão é a fome", como já sabia Borges.
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