balé de essências
A sutil ordenação das coisas confunde e arrebata.
As relações cortantes urdem abismos.
Beata ignorância abriga fábulas infamantes.
Crenças malogram mas renascem, eis o paradigma recorrente.
A pressa de revelar-se introduz o sémen novo.
Para que o postergado sobreviva.
A vida passa filtrada em sinfonias que não se decifram.
Sistemas e estruturas subjugam o homem
que a si mesmo subjuga.
O silêncio dos livros sonega o conhecimento que concilia
ciência e a arte de viver.
Feliz de quem usufrui de seu balé de essências.
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