sem palavras
No fim, só o que permanece é aquilo
que não se consegue expressar com palavras.
O sentimento absoluto e indefinido
do que ficou perdido.
O tempo vivido reconstruído dentro de nós,
sem rancores e remorsos vãos.
Os caminhos abandonados, que já não nos pertencem.
As palavras não pronunciadas, trasvestidas de velhos
afetos.
As lembranças que aquecem o coração, na linguagem
muda de paisagens e abafados desejos.
A vida tão pequena que se agiganta,
num mundo interior que preenche todos os vazios.
Feito de cacos e remendos.
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