manhãs
A manhã emudece. Lamento sobre a penúria
do vasto mundo.
Em tempos incertos, ir por vários caminhos provê
o memorial de fracassos.
Ante o que foi e o que veio a ser, plante uma bananeira.
Miséria pouca é bagagem.
Nada é mole, muito menos a rapadura.
O problema todo é que a realidade sempre fica
aquém da expectativa.
Alternamos bons e maus momentos extravasando
desiquilíbrio, descancelando o raivo de privar,
o laivo de sumir.
O incompreendido muda de lado, se faz de desentendido.
No dia lindo de morrer, o terror ignora o cessar fogo.
Vem de acessar o meu dispor o inquilino de todos
os ofícios.
Invisto-me de vilegiaturas para adulterar a trama.
O mal falado já está difamado.
De oitivas e platibandas o psicomorfo idolatra o inimigo.
A manhã ensandece. Qualquer coisa é melhor que nenhuma.
Olhos vitruvianos enxergam tudo.
A pior das espécies faz jus a fama.
Que diferença faz se o crime tergiversa ?
Tranquila, a consciência implode.
Inabalável é a fé do sicofanta.
O velho poço não tem fundo. Nem o mundo.
Quem vive a favor da realidade levante o dedo.
Onde tudo é bruma, o descortino do novo cultiva
tudo o que lhe tanja ( que o diga Janja !)
Subterfugir esconderijos, onde vamos parar ?|
Ponhamão na cabeça, o excesso por exceção se revela.
Povo que não se rebela segrega o devir.
O egrégio consolo é o dolo que o tumor entorpece.
A manhã é outro dia.
Ó sole mio !
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