contrato de risco
Não se iluda.
O começo do fim se amotina em seu auge.
Quando tudo parece calmo, perfeito.
O começo do fim é o momento mais improvável.
O mais memorável.
Quando o amor parece mais grandioso, inabalável.
Tanta ventura não fica impune.
Afrodite é ciumenta, vingativa.
Engendra ciladas, intrigas, desditas.
Põe o amor à prova, testando a paciência,
a resiliência, o sexo...
Até que o que era imenso, sublime,
fenece,
desaparece.
Posto que mesmo em face do maior encanto,
nada dura, muito menos infinito.
Te amei mais do que a mim mesmo.
E jurava que a recíproca era verdadeira.
O que não impediu que tudo se perdesse.
E o que havia de melhor e mais raro,
no mais sórdido desfecho se transformasse.
Do auge ao declínio, é só uma questão de tempo.
Cumpre sopesar, entender que muito mais
que de grandes momentos,
o amor não passa de um contrato de risco.
Sem prazo nem garantia.
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