segunda-feira, 31 de julho de 2023



                os vagares do amor



Ainda não é dia e os pactos se renovam.

Salmodias descobrem-se a luz crua dos deveres.

Farsas nefastas cultuam hábitos que se perpetuam.

A dor que cura ultrapassa o sofrimento.

Entre o novo e o limpo, o sujo asseia-se.

O esforço inútil desperta o que finda.

De tão triste, maldisse o sísifo.

O só pensar sobrecarrega o discernimento.

Velas ao vento, alea jacta est.

Os vagares do amor subvertem os desejos.

Nunca é tarde para o interminável.

O que não se explica, se estrumbica.

A tragédia do sexo é durar pouco.

Feroz e indisciplinado : meu amor 

não se presta a desagravos.






 










 

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