os vagares do amor
Ainda não é dia e os pactos se renovam.
Salmodias descobrem-se a luz crua dos deveres.
Farsas nefastas cultuam hábitos que se perpetuam.
A dor que cura ultrapassa o sofrimento.
Entre o novo e o limpo, o sujo asseia-se.
O esforço inútil desperta o que finda.
De tão triste, maldisse o sísifo.
O só pensar sobrecarrega o discernimento.
Velas ao vento, alea jacta est.
Os vagares do amor subvertem os desejos.
Nunca é tarde para o interminável.
O que não se explica, se estrumbica.
A tragédia do sexo é durar pouco.
Feroz e indisciplinado : meu amor
não se presta a desagravos.
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