razão de viver
O que perdi quando me achei ?
A razão de viver ?
A vida sem rumo ?
A fuga completa de ser ?
Os desejos se opõe a sonolência dos cursos.
A matéria conspurcada ornamenta o lento processo
que resiste a violência do tempo.
Em busca de achar-me, abraço a transitoriedade
de tudo
com os sentimentos revoltos.
O que deixei pelo caminho mofa nos desvãos da memória.
Se agora me interrogo é porque não tenho
mais nada a perder.
Pouco importa o que fui, se o que sou
remonta às coisas que não aconteceram.
Vivo em função do que nunca aconteceu.
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