antes, durante e depois
Renasço a cada dia.
A vida esvaída de sentido nem por isso
é menos vida.
O pão nosso de cada dia provê a rude paciência.
As manhãs me arrastam como um animal
fiel a seu fado.
Ando entre o que finda a cada passo.
Crises de dicotomia roem o pensamento.
O silêncio do grito ensurdece.
Tão lúcido como se fosse de encontro ao inaudito.
Sem que nada se explique ou desenrosque.
Meu palco se desfaz no limite da ribalta.
A palavra ambígua desacredita o belo e o dramático.
Na absoluta incoerência dos desejos, a posse, o enlevo
e o cansaço aviltam o amor.
Antes, durante e depois.
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