a possessão dos afetos
Mares sem estrelas revolvem a areia
tranquila das mudanças.
Veias abertas destroem os dias radiantes
e toscos.
Lento e sinuoso é o curso para Naxos.
Sigamos com as mãos entrelaçadas para que o mal
não chegue a nós.
Na morada de Circe, mares e estrelas sem limites
acionam o adágio dos ventos.
Os males escorrem tecendo tramas sem fim.
Não há hipótese da remissão dos pecados.
O mundo é o que é. O que sempre foi.
"A não ser que você o despoje", ultrapassando o grande
rio de Héracles.
Assim falou Zaratustra, quando indagado :
ninguém é alguém que não sabe ser.
Quem rompe com o silêncio que aguente as consequências.
O tempo não é o mal, o mal é a humanidade.
Degenerados não tem preocupações intelectuais.
Muito menos morais.
O tempora, o mores de Cícero estão sempre nos
pondo à prova.
O valor do dinheiro acaba onde começa o apego.
Fora do inferno a vida tramita dentro e fora do alcance
das contendas sujas e ridículas.
Nem palavras as quais ser fiel são confiáveis.
O flagelo do homem é confiar.
Só é livre e feliz quem se livra
das possessão dos afetos.
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