terça-feira, 14 de novembro de 2023



                              oquidão





Consome-se o amoroso temor que se eleva

além das asas.

Recriando a si próprio em febril diafanidade.

Ah, o impalpável fracasso dos devaneios !

Os astros choram pelo iracundo amor que os embeleza.

Todas as vozes permitem-se auscultar os idiomas

que ferem e mutilam.

Herméticos presságios presumem a dor que não se cria.

Quisera degustar o mel que mascara a grandiosidade

das quimeras.

Entardeceres de fugazes lembranças rondam a oquidão

circundante das lonjuras.

Onde o brusco amanhã repete-se, inédito.

O tempo que aflora amadurece até a incandescência. 

Para que a perfeita crueldade se nutra 

do gozo puro dos algozes.







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