oquidão
Consome-se o amoroso temor que se eleva
além das asas.
Recriando a si próprio em febril diafanidade.
Ah, o impalpável fracasso dos devaneios !
Os astros choram pelo iracundo amor que os embeleza.
Todas as vozes permitem-se auscultar os idiomas
que ferem e mutilam.
Herméticos presságios presumem a dor que não se cria.
Quisera degustar o mel que mascara a grandiosidade
das quimeras.
Entardeceres de fugazes lembranças rondam a oquidão
circundante das lonjuras.
Onde o brusco amanhã repete-se, inédito.
O tempo que aflora amadurece até a incandescência.
Para que a perfeita crueldade se nutra
do gozo puro dos algozes.
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