quinta-feira, 21 de março de 2024



                     animal transvestido de gente





Não esperem que eu seja coerente.

Muito menos racional.

No fundo não passo de um animal 

transvestido de gente.

Às vezes inconsequente.

Às vezes beligerante.

O meu melhor nunca é suficiente.

Nem a mim satisfaz.


Trato a mania de perfeccionismo 

a socos e pontapés. 

Me recuso a viver como um peixe no aquário.

Uma vida condicionada por antigos dissabores,

ex-rostos, ex-amores. 

A dura labuta não justifica viver na mesmice.

Mesmo apagando como uma vela no fim,

me recuso a definhar.

Cuido do corpo, da aparência, e principalmente do intelecto.

Acalentando sonhos como um quixote 

a perseguir diletos moinhos de vento. 







  














 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

                                       não acredite                         quando digo                        que te amo Não acredite quand...