animal transvestido de gente
Não esperem que eu seja coerente.
Muito menos racional.
No fundo não passo de um animal
transvestido de gente.
Às vezes inconsequente.
Às vezes beligerante.
O meu melhor nunca é suficiente.
Nem a mim satisfaz.
Trato a mania de perfeccionismo
a socos e pontapés.
Me recuso a viver como um peixe no aquário.
Uma vida condicionada por antigos dissabores,
ex-rostos, ex-amores.
A dura labuta não justifica viver na mesmice.
Mesmo apagando como uma vela no fim,
me recuso a definhar.
Cuido do corpo, da aparência, e principalmente do intelecto.
Acalentando sonhos como um quixote
a perseguir diletos moinhos de vento.
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