juvenilidades anacrônicas
Minha grande luta é ter consciência de mim mesmo.
Para não esquecer a amplidão que se retrai.
A vida de blefes e mentiras.
A consciência range e come as próprias entranhas.
É quase impossível ter os pés no chão, enquanto
a impulsividade sabota a razão.
Vertigens do passado revolvem a solidão premeditada.
Digo adeus mas logo mudo de ideia.
Sou o que sou.
A longa vida de obscuridade obsidia lacunas despreocupados.
É tarde para fugir de mim mesmo.
Fui covarde, mas tive sorte.
Sai ileso do sofrimento que desencaminha e arruína.
Mais padeço de juvenilidades anacrônicas
do que de consciência pesada.
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