segunda-feira, 6 de maio de 2024



                               de segunda a segunda




 


A vida se mascara e se revela

perto e longe de tudo. 

Andamos à esmo buscando saídas

dos embates que travamos dentro do peito.

Fiéis a crenças que emburrecem.

Aventurando-se em enlameadas lutas.

De segunda a segunda.


Elegias de cansaços enlaçam as cidades 

frias e cálidas,

acorrentadas as humanas labutas.

Criaturas inermes pululam, anestesiadas.

Esforços falsificados crescem soltos no asfalto.

De segunda a segunda.


Gente diferente de além-mar entoa

hinos de amor e guerra.

O drama da convivência dispensa tréguas.

O fulcro do tempo circular andeja 

em lúgubres responsos.

De segunda a segunda. 


Aqui e agora a história se repete.

Falta comida na mesa.

Falta esperança e alegria.

Falta tudo o que não pode faltar.

O mundo não se desvenda como

um palco quimérico.

Tampouco a vida se faz de rogada.

De segunda à segunda o bicho pega.








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