de segunda a segunda
A vida se mascara e se revela
perto e longe de tudo.
Andamos à esmo buscando saídas
dos embates que travamos dentro do peito.
Fiéis a crenças que emburrecem.
Aventurando-se em enlameadas lutas.
De segunda a segunda.
Elegias de cansaços enlaçam as cidades
frias e cálidas,
acorrentadas as humanas labutas.
Criaturas inermes pululam, anestesiadas.
Esforços falsificados crescem soltos no asfalto.
De segunda a segunda.
Gente diferente de além-mar entoa
hinos de amor e guerra.
O drama da convivência dispensa tréguas.
O fulcro do tempo circular andeja
em lúgubres responsos.
De segunda a segunda.
Aqui e agora a história se repete.
Falta comida na mesa.
Falta esperança e alegria.
Falta tudo o que não pode faltar.
O mundo não se desvenda como
um palco quimérico.
Tampouco a vida se faz de rogada.
De segunda à segunda o bicho pega.
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