a fuga dos caminhos
O verdadeiro recria-se como um ovo.
Súbito, o sonho de Cervantes faz-se alto e real.
A fim de compor poemas cáusticos.
O remoto segue adiante surdo ao novo, articulando
esboços de mil mesclas.
Você protesta mas ninguém escuta.
Quer revidar mas não consegue.
Você está vivendo a vida de outros mas não
consegue mudar. Que merda, hein ?
Perdido na fuga dos caminhos, tudo se torna ausente
sem quebrar.
Teu lamento abriga tardes antigas, farsas, falácias.
A ferida que não fecha, ignorada e pisada,
cala e consola.
Onde as nuvens rangem e os telhados choram
lutar é proibido.
Não há saudade nem temor no encanto de falsas sereias.
Sobre prebendas de incompreensões paira a poeira
dos desencontros.
O que dizem de ti não importa.
Pior seria se não dissessem nada.
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