sábado, 4 de maio de 2024


                        a paciência da espera




Aprendemos assim, na marra.

Quem hoje ri, amanhã chora.

Não se trata de destino, sina.

É apenas a vida que peregrina.


Como dizem os falsos oráculos

e adjuntos, 

pombo e falcão não voam juntos.


Veio o verão sem sol.

Veio o plantio sem colheita.

Veio a negra indiferença.

Veio o amor sem esperança.

A ordem e a revolta reinventados.


O duro silêncio tudo acalma.

A palavra revisada emudece a mente.

O sujo e o feio entrelaçados

em dias fétidos molhados de suor.


A paciência da espera ignora

o mau humor.

O homem que tudo come

enche a barriga

mas não mata a fome. 


Tudo é falso até que se prove 

o contrário.

De nada em nada, il vento 

come fa se tace.

Vão-se as folhas, e recria-se o novo.

Vagos, risonhos, fátuos sonhos.







 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

                                       não acredite                         quando digo                        que te amo Não acredite quand...