desastres anunciados
Na tarde em farrapos, um homem esquecido precisa dormir.
Um pai desesperado finge silêncios.
Pessoas maldosas engendram ciladas cativantes.
Em meio a doenças que não precisam de cura,
anjos e demônios falam
a mesma língua.
Há medos mais escuros que o inferno.
Viajo por histórias que cometem suicídio.
Minhas vergonhas tem punhos de renda.
Me perdi em desertos aprazíveis e oásis de arame farpado.
Labirintos que desmontam falsos pesares enrubescem os mortos.
Há alegria engessada e desastres anunciados
nesse domingo
de mar sem sol, sexo sem sal, amor que faz mal.
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