o mais lindo sentimento
À Benício Berger, meu filho
Monólogos sem eco,
completamente fora de propósito,
pairam como sonhos de ourivesaria.
No relax das colheitas, eis que o amor circundante
urde o mais lindo sentimento
jamais sentido.
Inadvertidamente, como um cão que atravessa a rua apinhada
de carros.
Acalanto de água macia num rio hostil.
Caloroso incenso coalhado de azul.
Parnaso onde o brusco andar se amolda às febres e chagas.
E a própria oquidão espreita a clara inocência
do amor sem lonjura.
Neste candor que tudo ignora,
me vejo como o avesso de um espelho,
em périplo desorbitado sem plano de fuga.
Quando te estreito nos braços, rebento inesperado
em tempos de crepúsculo,
sinto-me como se jamais fosse morrer.
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