o casulo da vida
Desejos nunca satisfeitos fecundam
o fruto proibido das paixões,
arrancando do precário convívio as enclausuradas
distrações.
O ócio, o vício, o cio, se recriam, a fim de barrar
o caos circundante das privações.
Tantas coisas retiram-se de não ser, sem ao menos
terem sido.
Dobras do inquieto futuro escondem o incognoscível
parto das expectativas.
No qual o próprio coração repousa sob a pressão
dos interesses contrariados.
O sentir disfarçado consola e ajuda a desejar os desejos
entrelaçados.
Quem se atreve a libertar-se do casulo da vida,
e como as libélula, ter asas, voar ?
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