a vida de merda
A vida de merda não precisa ser necessariamente
uma merda.
A menos que deixemos.
A menos que aceitemos a merda toda com que é preciso
lidar, todo santo dia.
A nossa e a dos outros.
Porque é merda para todo o lado.
Nas ruas, no trabalho, nos lares, nos prazeres.
Ninguém está livre de fazer merda.
É a vocação humana por excelência.
Ao enveredarmos pelos caminhos das infâmias,
dos egoísmos, das traições.
É fato que toda a graça, todos os prazeres da vida
em dado momento desgarram,
num banzeiro de desatinos e ignorâncias.
A vida de merda é pródiga em apelos e artifícios,
faz da trapaça e da mentira o seu modus operandi.
A merda é onipresente, onisciente, estamos familiarizados
com ela desde que nascemos.
Os ricos, os poderosos, os famosos, os formosos, todos
fazem merda.
A diferença é como processamos esse manancial de cagadas
que já nascemos fadados a fazer.
Porque a vida de merda não precisa ser
necessariamente uma merda.
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