à margem de mim
Passei a vida à margem de mim mesmo.
Desperdicei meus parcos talentos por falta de discernimento
e inteligência emocional.
Falhei como filho, marido, pai.
Cometi todos os pecados possíveis, só na matei, que eu saiba.
Meu legado se resume ao básico, não fiz nem deixo nada
para a posteridade.
Pouco ou quase nada me resta dizer.
Apenas que nada lamento - e nem poderia - nem me julgo
melhor ou pior que ninguém.
Sou o que sou.
Fui o que fui.
"Sei a verdade e sou feliz", como diz Fernando Pessoa
através de seu mestre, Caeiro.
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