remoendo silêncios
Tudo se cumpre ao sabor dos acasos e descuidos.
Tudo o que tenho, o que faço ou fiz,
vive se equilibrando
remoendo silêncios
colhendo rosas de fogo
compondo cenas de amor que pedem bis.
Busca-me um instante de calma
em meio as escaramuças e paroxismos de praxe.
Na vida sem justiça, sem amor,
sonha-me o refúgio dos pássaros,
a paz dos muros de cercas eletrificadas.
Busca-me o que restou de mim
entre canteiros de aprazíveis oferendas.
Regozija-me o vago transitar das coisas fungíveis.
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