quarta-feira, 4 de junho de 2025

                      ninguém é de ferro



O vivido busca sentido no inexistido.

Ser feliz, tarefa inglória.

Tudo se mistura, ócios e negócios,

farsa e tragédia, fartura e miséria.

Na vida do avesso, a história se repete 

entre ossos e equinócios.


Mastigo as pedras do caminho sangrando

em silêncio.

Fiel a minha coroa de espinhos.

Estreito meus laços remoendo as discórdias.

Pois só assim se aprende.

Ruminando o amor e a dor.

Habitando a indiferença das poltronas e labirintos.

Quero o que preciso achar.

Ambíguo e volúvel.

Dias de festas.

Noites amorosas.

Vermes em fruição.

E um pouco de álcool,

que ninguém é de ferro.







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