ninguém é de ferro
O vivido busca sentido no inexistido.
Ser feliz, tarefa inglória.
Tudo se mistura, ócios e negócios,
farsa e tragédia, fartura e miséria.
Na vida do avesso, a história se repete
entre ossos e equinócios.
Mastigo as pedras do caminho sangrando
em silêncio.
Fiel a minha coroa de espinhos.
Estreito meus laços remoendo as discórdias.
Pois só assim se aprende.
Ruminando o amor e a dor.
Habitando a indiferença das poltronas e labirintos.
Quero o que preciso achar.
Ambíguo e volúvel.
Dias de festas.
Noites amorosas.
Vermes em fruição.
E um pouco de álcool,
que ninguém é de ferro.
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