domingo, 8 de junho de 2025


                    

                      desiderato


A espera pelo que não virá é longa.

Mas meu coração não  se cansa 

nem se dá por vencido.

Às vezes ridículo e ingênuo, colecionando

tropeços.

Mas sem nunca deixar de ser 

grande e generoso.


Nele cabe de tudo.

Amor, sofrimento, melancolia.

Cabe música e poesia.

Cabe o mundo todo.


Paciente, não se importa de esperar.

Elabora circunstâncias, quimeras.

Consolando e sendo consolado.

Corajoso e imprudente.

Sempre aberto a novas paixões.

Iluminado pela beleza da solidão.

Vivendo de sonhos e fantasias.

A espera pelo que não virá.


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