quinta-feira, 19 de junho de 2025

                    

              sem deixar saudades



No fim, quase nunca sobra nada.

E o que sobra, pouco representa.

Não consola, não apaga a mágoa.


Mesmo as melhores coisas se perdem

em meio aos escombros de uma relação

que finda.

Desgastada, exaurida, mutilada.

Quando já não há como estancar a ferida.


Eu tentei.

Você tentou.

Não deu.

No fim, as diferenças falaram mais alto.

Cada qual com suas razões e teimosias.

Não cedendo o suficiente.

Entre brigas e silêncios, algo se quebrou.

Quase nada sobrou.


E quando não há mais comedimento e respeito,

o amor não sobrevive.

Sem fazer falta.

Sem deixar saudade.





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