quinta-feira, 9 de agosto de 2018




                                                             
as coisas nunca são 
como queremos.
até a gente 
deixar de querer





quarta-feira, 8 de agosto de 2018



A diferença entre o trouxa e o idiota
é que enquanto um não sabe que está sendo enganado,
o outro finge não saber.
Mas no fim das contas, ambos são otários. 





terça-feira, 7 de agosto de 2018

                  

FAKE DE MIM MESMO 


Jamais terei a vivência que outros tiveram
Nunca o estofo, a dignidade, 
a grandeza de tantos que fizeram história
Ou de outros que cruzaram meu caminho anonimamente
Nessa vida que escolhi, que me foi dada
Da qual não sei nada de nada
Já sem maiores expectativas
Mas ainda relutando em aceitar as coisas como são
Na tola presunção de algum dia 
possa ser mais do que sou, saber mais do que sei
Do pouco que sei
Para não ficar à margem das coisas
Não me ater as coisas comezinhas da vida
Eis a luta que ainda me impele e motiva
A sair da inércia, alçar novos voos

Aceito as dificuldades da vida sem o altruísmo 
e a generosidade dos limpos de espírito, 
que segundo as profecias,
herdarão o reino dos céus
Assim como jamais serei como aqueles 
que todos olham com respeito e devoção
Que inspiram milhões
Arrebatam multidões
Charlatões de toda espécie
Que se locupletam às custas da boa fé alheia

Não sou nem nunca serei o que não sou
Não sou lobo em pele de cordeiro
Aquele que foi sem nunca ter sido
Pois sempre fui o mesmo
Fake de mim mesmo 
Não serei nunca o que querem que eu seja
O que veem não sou eu
É apenas uma casca, um invólucro qualquer
Para alguns, alguém que não sabe o que quer da vida
Para mim, alguém que simplesmente almeja 
Uma vida menos miserável.














  

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

                
       agora que nada mais me prende a nada





Agora que nada mais me prende a nada,
que nada mais me oprime e tolhe,
quero tudo ao mesmo tempo.
Tudo que deixei de viver, de ter.
Tudo que me era sonegado.
Ao viver uma vida que não era minha.
Que era meramente repartida.
Daí a gangorra em que vivia.
Ora contente e resignado como um animal domesticado.
Ora macambuzio, frustrado por me ver  cada vez 
mais isolado e depreciado.

Agora que nada mais me prende a nada,
que nada mais me constrange e condena,
sinto que acordei para a vida para qual
tinha adormecido.
Para os sonhos que pairavam como sonhos inalcançáveis.
E que por serem sonhos, podem ou não se consumar,
e mal algum me fará.

Agora que nada mais me prende a nada,
não me preocupo qual o destino que aguarda
minha nau sem rumo, meu exército de Brancaleone.
Tudo em mim reflui,
me evadindo de todos os cansaços.
Me apartando dos males e fantasmas do passado,
onde o real e o imaginário enfim se conciliam,
para uma nova e ardente realidade 
em que tudo é fervor e claridade.
  










Há uma sutil diferença entre ser bom ou otário. 
O diabo é que vivo me confundindo.




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