segunda-feira, 17 de setembro de 2018
o meu novo eu
No fundo ou na superfície,
nada está bem.
O corpo padece, o coração sangra,
a alma pena.
Convém não pensar, convém não lembrar.
Os pensamentos nos traem, as lembranças torturam.
O presente parece nunca estar à altura
do que foi perdido.
Tornar o futuro melhor, um tremendo desafio
Mas não obstante a dura realidade, sou melhor hoje
Tornar o futuro melhor, um tremendo desafio
Mas não obstante a dura realidade, sou melhor hoje
do que jamais fui.
Perdas, sofrimento, privações de sonhos e ilusões,
talham o meu novo eu.
Uma nova versão de mim,
capaz de lidar com meus conflitos.
Perdas, sofrimento, privações de sonhos e ilusões,
talham o meu novo eu.
Uma nova versão de mim,
capaz de lidar com meus conflitos.
De me virar sozinho sem cobrar nem culpar
ninguém por isso.
Levar uma vida mais leve,
cuidar de mim,
sarar o coração.
Levar uma vida mais leve,
cuidar de mim,
sarar o coração.
domingo, 16 de setembro de 2018
tudo fede
Ninguém ao outro conhece.
Nem a nós mesmos conhecemos.
Estranhos, dissimulados, enrustidos,
cada qual com seus truques.
Enganando, sendo enganados.
Carentes, mentirosos, degenerados, bipolares,
neuróticos,
animais doentes,
esquizofrênicos, psicopatas.
Vivemos uma vida de fachada.
Sociopatas é a raça dominante.
Os novos tempos assim o obrigam.
Para se defender, conseguir um lugar ao sol.
Meritocracia às favas.
Num mundo de valores subvertidos,
quem pode mais, chora menos.
Lobos em pele de cordeiro, vigaristas, charlatões,
animais doentes,
esquizofrênicos, psicopatas.
Vivemos uma vida de fachada.
Sociopatas é a raça dominante.
Os novos tempos assim o obrigam.
Para se defender, conseguir um lugar ao sol.
Meritocracia às favas.
Num mundo de valores subvertidos,
quem pode mais, chora menos.
Lobos em pele de cordeiro, vigaristas, charlatões,
abundam sob os auspícios da era digital.
Tudo podre, tudo fede.
Ninguém é confiável.
Nem eu...muito menos eu...
Tudo podre, tudo fede.
Ninguém é confiável.
Nem eu...muito menos eu...
sábado, 15 de setembro de 2018
as armadilhas do tempo
Do amor fez-se a indiferença.
Da indiferença fez-se a traição.
Da traição fez-se a raiva.
Da raiva fez-se o ódio.
Do ódio fez-se a retaliação.
Da retaliação fez-se o arrependimento.
Do arrependimento recobra-se a razão.
De ver que foi tudo desnecessário.
Que, no fim das contas, as duas partes erraram.
Que tudo podia ter sido diferente.
Tivesse havido bom senso, comedimento.
Não tivesse o amor sucumbido as armadilhas do tempo.
Da indiferença fez-se a traição.
Da traição fez-se a raiva.
Da raiva fez-se o ódio.
Do ódio fez-se a retaliação.
Da retaliação fez-se o arrependimento.
Do arrependimento recobra-se a razão.
De ver que foi tudo desnecessário.
Que, no fim das contas, as duas partes erraram.
Que tudo podia ter sido diferente.
Tivesse havido bom senso, comedimento.
Não tivesse o amor sucumbido as armadilhas do tempo.
JOGO DE CULPAS
No tradicional jogo de culpas
Ao longo do qual
Todo grande amor acaba
E as grandes paixões naufragam
Ninguém ganha
Perdem os dois
Ao perderem ambos
Aquilo que os unia
O que havia de melhor
Compreensão, cumplicidade, paciência
Perde-se tanto que o que sobra
Não compensa
E o jogo acaba
Às vezes na prorrogação
Às vezes na marca do pênalti
Às vezes nos tribunais...
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