quarta-feira, 7 de novembro de 2018
da série, minha vida virou uma piada
A pessoa te enrola, mente, finge ser o que não é,
mas mesmo assim sinto falta dela.
A pessoa te usa, te faz de otário, inverte
as coisas, mas mesmo assim gosto dela.
A pessoa te sacaneia, trapaceia, se faz
de vítima, mas mesmo assim queria ela de volta.
Quem é o mais doente ?
terça-feira, 6 de novembro de 2018
o cavaleiro e o cavalo
Vencer na vida, ganhar dinheiro, ser feliz,
é o que todos desejam.
De preferência, fazendo o que se gosta.
Sendo útil, correto, digno, como deve ser.
Como deveria ser.
Porque no mais das vezes,
as coisas tendem à fugir do controle.
À sair do script.
E derrapamos.
E não raro, as coisas deterioram.
Retrocedem.
Quando nos damos conta, a casa caiu.
Se manter no prumo, no rumo certo,
é tarefa hercúlea.
As tentações, apelos de toda espécie, abundam.
Fraquejar passa a ser apenas uma questão de oportunidade,
Se manter no prumo, no rumo certo,
é tarefa hercúlea.
As tentações, apelos de toda espécie, abundam.
Fraquejar passa a ser apenas uma questão de oportunidade,
de circunstâncias.
Todos tem seu preço.
A maioria se vende por ninharia, por besteira.
Outros relutam bravamente, não se corrompem.
Não se deixam seduzir por ambições materiais.
Mas não escapam das garras tenazes
do orgulho e da vaidade.
Que igualmente deformam e comprometem o caráter.
Somos todos imperfeitos.
Uns mais, outros menos.
Feliz de quem tem consciência disso,
tem noção dos próprios defeitos e limitações.
E não se arvora em ser a palmatória do mundo.
Em julgar e condenar sem o devido conhecimento
de causa e de estofo moral.
E isso vale para todos.
Mesmo para os íntegros.
Mais estudados e dotados intelectualmente.
Se um único conselho tivesse que dar
a um filho meu, como lema de vida,
diria, sem titubear :
jamais se apequene.
Pois quando isso acontece,
o respeito que é bom, vai para o ralo.
De cavaleiro se passa à cavalo.
Todos tem seu preço.
A maioria se vende por ninharia, por besteira.
Outros relutam bravamente, não se corrompem.
Não se deixam seduzir por ambições materiais.
Mas não escapam das garras tenazes
do orgulho e da vaidade.
Que igualmente deformam e comprometem o caráter.
Somos todos imperfeitos.
Uns mais, outros menos.
Feliz de quem tem consciência disso,
tem noção dos próprios defeitos e limitações.
E não se arvora em ser a palmatória do mundo.
Em julgar e condenar sem o devido conhecimento
de causa e de estofo moral.
E isso vale para todos.
Mesmo para os íntegros.
Mais estudados e dotados intelectualmente.
Se um único conselho tivesse que dar
a um filho meu, como lema de vida,
diria, sem titubear :
jamais se apequene.
Pois quando isso acontece,
o respeito que é bom, vai para o ralo.
De cavaleiro se passa à cavalo.
segunda-feira, 5 de novembro de 2018
sábado, 3 de novembro de 2018
ANACRONISMO AMBULANTE
Moça dos olhos claros (castanho-esverdeados ?),
Sorriso largo,
Uma potranca, esbanjando alto-astral.
Já chegou, chegando.
Sedutora, envolvente,
Dizendo para eu tomar jeito
Senão me dava uns tapas na cara...
Como não se impressionar,
Ainda mais coincidindo de ter
O mesmo nome da minha irmãzinha
Que Deus levou.
Moça dos olhos claros, sorriso largo,
Que entrou na minha vida como um furacão.
Com quem eu, desavisado,
Ainda ferido, machucado,
Não soube lidar.
Bem que eu quis.
Bem que me esforcei.
Mas, como sempre, me dei mal.
Não tive jogo de cintura, malandragem,
Para entrar no jogo do faz de conta dela.
Que afinal de contas,
É o jogo que se joga hoje em dia.
Um jogo de aparências.
De falsos valores.
Que eu nunca soube jogar.
Nunca fui capaz de aceitar.
Daí a frustação de mais uma vez sentir
Que não vou à lugar algum sendo como sou.
Cheio de razões e valores em franco desuso.
Um cara muito legal, muito bacana,
Mas que na prática, só se ferra.
Pois em nada me ajudam.
Sempre bancando o otário.
Sempre à ver navios.
Moça dos olhos claros, do sorriso contagiante,
Sinto tua falta.
Que tal passar uma régua em tudo ?
Tudo bem, finja, minta, me enrole.
Não faz mal.
Vou dar um jeito de lidar com isso.
Aprendi muito com você,
Mas não o bastante.
Preciso aprender a dissimular,
A enrolar, a manipular as pessoas.
A ser gente.
A gente predominante.
Aderir ao padrão dominante.
Deixar de ser babaca.
Cansei de ser um anacronismo ambulante.
Quem melhor que tu para me ensinar ?
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