domingo, 2 de dezembro de 2018
meu filho, minha vida
Não há prazer maior do que ver um filho feliz.
Mormente nessa idade em que a única preocupação é - ou deveria ser - brincar, brincar e brincar.
Tive a felicidade de poder acompanhar e participar dessa fase maravilhosa de meus três filhos. Os dois mais velhos de meu primeiro casamento, hoje homens já feitos, e o menor, prestes a completar 12 anos, uma joia que é a razão de ser da minha vida.
Nada me dá mais prazer e alegria do que estar em sua companhia, acompanhar e participar de seu crescimento, mesmo já não convivendo com ele desde o início do ano.
O que, curiosamente, acabou estreitando nossos laços e nos unindo mais que antes.Talvez porque agora temos um tempo que é só nosso, um tempo não só para interagir como para nos conhecermos melhor. E o melhor de tudo : com total reciprocidade por parte dele.
Algo que pude sentir vivamente ontem, quando da festa de encerramento do ano letivo de sua escola, em que me recebeu com um abraço e aquele sorriso gostoso, em meio a multidão que lá se encontrava.
Foi lindo e emocionante vê-lo cantar no coral da escola, me fazendo relembrar o que aconteceu comigo com a mesma idade, e falando em dar continuidade, quem sabe até aprender a tocar algum instrumento.
Se levar à sério como está levando o futebol, tem futuro...
sábado, 1 de dezembro de 2018
sexta-feira, 30 de novembro de 2018
cão vadio
Quando as palavras já não surtem efeito.
Quando a mágica já não encanta.
Quando a encenação já não convence.
Quando as lembranças já não importam.
Quando os sentimentos se deterioram inexoravelmente,
e o antigo afeto e respeito
se transformam em mágoa e ressentimento.
Quando o peso do arrependimento torna o presente insuportável,
e o futuro nada inspira, sob o estigma das crenças abortadas.
Quando a sensação de que tudo que foi vivido
não passou de um grande engano.
De uma farsa estupidamente protelada.
Quando tudo vem à tona, e a verdade finalmente
se delineia, nua e crua,
saibamos, sábios incautos,
bendizer o que enfim se mostrou às claras.
A realidade despida de disfarces e subterfúgios.
A vida como ela é.
De relações corroídas, elos desfeitos.
O barco à deriva, o palhaço sem graça.
O cão vadio à procura de outro dono...
A realidade despida de disfarces e subterfúgios.
A vida como ela é.
De relações corroídas, elos desfeitos.
O barco à deriva, o palhaço sem graça.
O cão vadio à procura de outro dono...
ode à mentira
(para I.M.)
Tudo bem, todos mentem.
Compulsivamente ou não.
Socialmente ou para si próprio.
Não há escapatória.
Mentir ou omitir.
Enganar ou manter as aparências.
Tanto faz, tudo bem.
Mentir é preciso,
viver não é preciso.
Vêm, inúteis apelos,
solicitar em nós forças e condições
que não temos.
Eis, então, a regra de ouro :
buscar soluções, saídas honrosas.
As quais, quando não possíveis,
reféns da mentira nos tornam.
Enredo no qual ninguém sabe quem é quem.
Eis, então, a regra de ouro :
buscar soluções, saídas honrosas.
As quais, quando não possíveis,
reféns da mentira nos tornam.
Enredo no qual ninguém sabe quem é quem.
Mente-se para enganar os outros
Mente-se para si próprio.
Para suprir o que não se possui.
O que nos falta.
Seja em caráter ou bens materiais.
Não há limites para o mentiroso inveterado.
De tanto viver enganando os outros,
não sabe viver de outra maneira.
Na conversa, nas atitudes, na própria cama.
Falseia os sentimentos, distorce a realidade
em proveito próprio
Não perde o rebolado nem quando se
enreda nas próprias mentiras.
Não dá o braço à torcer.
Não sente vergonha.
De tanto viver a sombra da mentira,
a luz da verdade o cega e desnorteia.
Não obstante, nem por isso
deixam de ser simpáticos e carismáticos.
Mentirosos de carteirinha tendem a ser
mais apreciados e amados que as pessoas normais.
Porque no fundo, a gente pede para ser enganado.
Às vezes por conveniência, as vezes por interesse.
Mas, quase sempre,
porque a mentira dói menos que a verdade.
Mente-se para si próprio.
Para suprir o que não se possui.
O que nos falta.
Seja em caráter ou bens materiais.
Não há limites para o mentiroso inveterado.
De tanto viver enganando os outros,
não sabe viver de outra maneira.
Na conversa, nas atitudes, na própria cama.
Falseia os sentimentos, distorce a realidade
em proveito próprio
Não perde o rebolado nem quando se
enreda nas próprias mentiras.
Não dá o braço à torcer.
Não sente vergonha.
De tanto viver a sombra da mentira,
a luz da verdade o cega e desnorteia.
Não obstante, nem por isso
deixam de ser simpáticos e carismáticos.
Mentirosos de carteirinha tendem a ser
mais apreciados e amados que as pessoas normais.
Porque no fundo, a gente pede para ser enganado.
Às vezes por conveniência, as vezes por interesse.
Mas, quase sempre,
porque a mentira dói menos que a verdade.
quarta-feira, 28 de novembro de 2018
terça-feira, 27 de novembro de 2018
a outra face
Uma história pode ser contada de várias maneiras.
Cada um tem sua visão, sua versão dos fatos.
Saber quem fala a verdade, eis o grande dilema.
A verdade tem várias faces.
E a versão que prevalece nem sempre é a verdadeira.
Depende de quem conta, das circunstâncias,
da plateia.
Ninguém escapa de uma boa conversa.
A lábia é a maior das aptidões humanas.
Todos mentem.
Todos fingem.
Sem o quê, a convivência seria inviável.
Ninguém escapa de uma boa conversa.
A lábia é a maior das aptidões humanas.
Todos mentem.
Todos fingem.
Sem o quê, a convivência seria inviável.
Há que saber quais os limites.
Veneno, em pequenos doses, não faz mal,
e até fortalece.
Mentirosos e hipócritas estão por toda a parte.
É a espécie dominante.
Não obstante, não é fácil identificá-los.
São lobos em pele de cordeiro.
Posam de corretos, bonzinhos, íntegros,
mas quando menos se espera,
dão o bote, mostram as garras.
O antídoto ?
Aprender com eles.
Dar o troco na mesma moeda.
O velho e bom olho por olho, dente por dente.
Esse papo de dar a outra face soa bonitinho
mas positivamente não funciona.
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