terça-feira, 16 de abril de 2019
TEMPO SEM VOLTA
O silêncio contém
o peso de todas as palavras.
Das coisas não ditas.
Escamoteadas ao longo do tempo.
Até o dia em que emergem,
escancarando a realidade obnubilada.
Invariavelmente, tarde demais
para consertar aquilo que,
silenciosamente,
se perdeu nas coisas não ditas
em tempo hábil.
Não obstante, lembro de cada detalhe, cada nuance
da vida pregressa.
Pacata, sim, mas longe de monótona.
Ao menos não para mim.
Posto que dela nunca me cansei.
Sim, o tempo passou.
Relembro e espero.
Inútil espera de um
tempo sem volta.
segunda-feira, 15 de abril de 2019
sábado, 13 de abril de 2019
partir em paz, é tudo que me apraz
Talvez eu não viva o suficiente para reaver
o que perdi, não importa.
Mesmo porque, nada garante que valeria a pena.
Provavelmente, não.
O que passou, passou. Nunca será igual.
Melhor ficar com as lembranças.
Melhor ainda, esquecer.
Fazer como tu, deletar.
Outra vida erigir.
Diferente, com outras pessoas.
Boas e ruins, convém não se iludir.
Outros enganos virão.
Nada é perfeito. Nada corresponde a nossos anseios.
Há sempre senões, decepções.
Nada à altura da eterna insatisfação humana.
Que mesmo àquilo que tem, não dá valor.
Que só quando perde, valoriza o que antes ignorava.
Posto que a convivência nos apequena.
A medida que revela o que somos.
O amor engana. O amor ilude.
Quem ama engana, ilude.
O amor só é grande quando chega ao fundo do poço.
E ainda assim sobrevive.
Ser desprezado, espezinhado, humilhado,
e ainda assim continuar amando.
Amor ou sandice ?
Que mesmo àquilo que tem, não dá valor.
Que só quando perde, valoriza o que antes ignorava.
Posto que a convivência nos apequena.
A medida que revela o que somos.
O amor engana. O amor ilude.
Quem ama engana, ilude.
O amor só é grande quando chega ao fundo do poço.
E ainda assim sobrevive.
Ser desprezado, espezinhado, humilhado,
e ainda assim continuar amando.
Amor ou sandice ?
Da loucura do amor padeço, mas já não sofro.
Nem dele preciso. Resignado em apenas sentir.
Não careço de ser feliz.
Não quero esse tipo de felicidade. A dependência de algo
que não controlo.
Não quero ser feliz, pagar o preço. Basta me sentir bem,
em paz.
Já fiz o que podia ter feito.
Agora, é relaxar.
Nem dele preciso. Resignado em apenas sentir.
Não careço de ser feliz.
Não quero esse tipo de felicidade. A dependência de algo
que não controlo.
Não quero ser feliz, pagar o preço. Basta me sentir bem,
em paz.
Já fiz o que podia ter feito.
Agora, é relaxar.
sexta-feira, 12 de abril de 2019
olhai por nós
Vida incognoscível, intransferível,
a todo momento principia e se extingue.
Aqui brota, ali jaz.
O real em surreal sem mais nem menos
se transforma.
Em parte, condicionada às nossas atitudes;
em outra, às peripécias do destino.
Consciência e inconsciência lado à lado,
o tempo irredimível aponta para um só fim.
Mundo de perpétua solidão, caminhos que
não percorremos.
Portas que jamais abriremos.
Tardio reconhecimento, inútil arrependimento.
Luz e trevas. Trevas e luz.
Condenados ao veredito das perdas irremediáveis,
das razões indecifráveis,
tragédias sem sentido,
amores desperdiçados.
a todo momento principia e se extingue.
Aqui brota, ali jaz.
O real em surreal sem mais nem menos
se transforma.
Em parte, condicionada às nossas atitudes;
em outra, às peripécias do destino.
Consciência e inconsciência lado à lado,
o tempo irredimível aponta para um só fim.
Mundo de perpétua solidão, caminhos que
não percorremos.
Portas que jamais abriremos.
Tardio reconhecimento, inútil arrependimento.
Luz e trevas. Trevas e luz.
Condenados ao veredito das perdas irremediáveis,
das razões indecifráveis,
tragédias sem sentido,
amores desperdiçados.
O futuro, sem futuro, atrelado aos enganos.
O tempo relapso estagnado no tédio, na fadiga.
A vida como era, e que num instante não é mais.
Senhor, olhai por nós,
agora e na hora de nossa morte.
A vida como era, e que num instante não é mais.
Senhor, olhai por nós,
agora e na hora de nossa morte.
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